quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A bandeira da esperança

O povo português, esmagado pela miséria gerida pela Troika (trazida pelos governos sociais-democratas do PS e do PSD na escalada contra as conquistas de Abril), faz um enorme esforço para reerguer a bandeira da esperança nestas eleições.


Enquanto os candidatos dos partidos responsáveis pela crise de um país atiram as culpas de um para o outro - quando o país havia caminhado para a independência económica em 1974 com a nacionalização da banca, a reforma agrária e o apoio a todos os setores da produção, à educação e a saúde públicas - os trabalhadores e os que perderam as suas economias engolidas pelo sistema bancário, acompanhados pelos estudantes e os idosos, sem empregos e sem recursos, protestam contra as injustiças e os erros administrativos que lhes rouba a esperança.

A esquerda luta por uma alternativa ao sistema de opressão, que a austeridade recaia sobre os milionários e essa elite de subservientes que obedecem as ordens estrangeiras para enriquecer os bancos privados; que seja cumprida a Constituição de Abril na defesa da produção nacional e a criação de empregos para todos os que realmente trabalham; que sejam respeitados os direitos dos reformados e pensionista à uma velhice digna acompanhada da solidariedade social; que Portugal assuma a sua dignidade nacional com a coragem de ser independente; que as nações europeias se apoiem e não percam o rumo da cultura íntegra de uma história de luta pelo desenvolvimento.

O quadro dantesco dos foragidos de uma guerra conduzida pelos Estados Unidos e a NATO no Oriente Médio e norte da África, atirados do mar para terra e de uma fronteira para outra, vendo serem levantadas barreiras de arame farpado e exércitos armados para os expulsarem com jatos d'agua e de gás de pimenta, comove e provoca a indignação de quem ainda conserva princípios humanos de respeito e solidariedade. Os mesmos líderes da União Europeia que estudam (muito tarde!) soluções para distribuírem os fugitivos da guerra que ajudaram a promover, despejam lágrimas de crocodilo e escolhem com lupa as famílias que poderão entrar nos seus ricos territórios: os Estados Unidos procuram famílias jovens que possam ser formadas no seu modelo para prestarem serviço sem questionar a política interna; a Alemanha prefere os mais pobres para irem para os seus campos de modelo caritativo; a Hungria recusa todos e ameaça defender à bala a sua fronteira; a Inglaterra prefere mandar esmolas para os campos no Líbano e outras paragens bem longe do seu reino. Enquanto isso os tentáculos britânicos da Austrália bombardeiam a Síria deixando mais mortos e foragidos desesperados. O famoso sistema capitalista em crise usa as armas do fascismo e aperfeiçoa a criação de grupos terroristas como ponta de lança para destruir a estabilidade dos povos.

Difícil é falar em esperança neste momento crucial da história da humanidade, mas os que sempre lutaram do lado dos que mais sofrem, na esquerda que transforma e revoluciona sempre em defesa dos seres humanos, continuam a levantar a bandeira da esperança feita com as cores da natureza e da liberdade. Somos muitos e defendemos o direito à vida digna para a maioria! 

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