sexta-feira, 2 de setembro de 2011

BASTA DE HIPOCRISIA E ALIENAÇÃO !



Alguns bilionários norte-americanos convidam os “ricos” do planeta a aceitarem que as suas fortunas sejam taxadas de forma especial para que sejam pagos impostos que se convertam em melhoria das condições de vida da população trabalhadora. Estão preocupados em salvar o mercado livre que consome os seus produtos. Um belo e generoso gesto protela uma distribuição igualitária dos rendimentos enquanto alivia momentaneamente a fome e a vida trágica da maioria dos cidadãos, e garante o equilíbrio dos “ricos” na crise gerada por eles.

O pensamento de esquerda tem evoluído com a conquista de alguns aspectos dos princípios democráticos debatidos principalmente nos países em desenvolvimento. A direita vai lendo as análises marxistas do sistema capitalista e descobrindo que tem apoiado uma gestão catastrófica do patrimônio natural da humanidade e acobertado fraudes e corrupção de todo o tipo na administração das finanças mundiais. Daí a proposta dos bilionários preocupados com o Juizo Final.

O panorama planetário é muito pior do que se consegue ver hoje com os desmandos terroristas das forças imperiais na sua escalada contra os países árabes produtores de petróleo, e a continuação dos esbulhos que mantêm a África prisioneira da fome e da miséria. O eixo imperialista de países ricos já não tem pejo em realizar todo o tipo de vilania e truculência (bombardeamento de países em conflito interno, sequestro e assassinato político, torturas para construir confissões oportunas, chantagem sobre os mais pobres, etc) “justificadas” com mentiras históricas que devem ser qualificadas como “crimes contra a humanidade” que o Tribunal de Haia não tem coragem de condenar.

O responsável pela Agência de Controle das Armas Atômicas da ONU, o egípcio Elbaradei, revelou sob o título original de “A Era da Mentira”, a ação autoritária e irresponsável dos Estados Unidos para impedir que não se desenvolva a energia atômica para fins pacíficos em países independentes do seu domínio direto. O prêmio Nobel de economia, Stiglitz escreve a reveladora análise do “modelo de capitalismo selvagem” dos Estados Unidos que é responsável pelo “Mundo em queda livre” (título do seu livro) constatada pela crise financeira de 2008 que se prolonga até hoje e mais. Muitos outros intelectuais, que nunca foram de esquerda, reconhecem que o capitalismo provoca crises, injustiças insanáveis contra os povos, destruição da natureza com terríveis consequências climáticas que desencadeiam tsunames e devastações incontroláveis, e apenas os mais conservadores ousam afirmar que será “idealista” pretender inverter a ordem das coisas que caracterizam as instituições do Estado como instrumentos de poder de uma classe poderosa e exploradora.

De modo geral, vivemos um momento de susto, surpresa de muitos, despertar da coragem de vários para enfrentar com dignidade a necessidade inadiável de salvar o mundo deste caos que a esquerda há muito tempo vem anunciando.

Nas ruas de São Paulo, para além das cenas diárias de banditismo que o crime organizado pratica em todo o Brasil, surgiu um problema novo que nem a polícia, nem os educadores sabem como enfrentar: um bando de crianças, de 12 anos e menores, roubam o comércio, assaltam as pessoas nas ruas, depredam hotéis e depois os recintos das delegacias e casas de abrigo para onde são levados. A lei protege as crianças menores de idade que não podem ser presas nem sofrer sanções e detém os menores de 14 anos abandonados para oferecer apenas abrigo, sem penas ou prisão. Na verdade o que a lei assegura é a impunidade das gerações mais jovens que o sistema capitalista não consegue educar. E a impunidade tem sido a saída para criminosos da elite e, através das crianças, pode servir aos mais pobres também.

Os pais dessas crianças já perderam a capacidade de controle sobre a sua educação devido às próprias carências de quem vive em situação de marginalidade, ou mesmo são os que formam os filhos para agirem como bandidos no lugar dos adultos que correm riscos de sanções penais. Quantos jovens bandidos existem no Brasil nas categorias de crianças em formação criminosa, crianças abandonadas, crianças e adolescentes controlados pelo crime organizado, adolescentes emancipados e pais de família? Para só falar das duas gerações mais novas que não ultrapassam os 20 anos, considerando que ainda poderiam ser encaminhadas de maneira saudável por educadores competentes munidos de muitos recursos do Estado.

Podemos pensar o que ocorre, nesta nossa época de loucuras, desmandos e abandono das tradições éticas, no Afeganistão, no Iraque, agora na Libia, e nos países onde a fome enfraquece a vontade de viver dos seres humanos, comparando com o Brasil que começa a ser o dono do seu destino e cresce economicamente mas ainda vive semelhante miséria? E quais são as origens deste problema terrível que transforma em bandidos as nossas crianças?

Não se trata mais de procurar uma teoria inteligente, uma técnica moderna, profissionais super-competentes. É hora de unir esforços, com humildade e coragem, de todos os cidadãos que já perceberam que o caos existe porque os grandes senhores do mundo ainda são como os de antes, e os crimes e a escola da violência cresce diariamente com a permanência de uma elite criminosa no comando das culturas, dos tratamentos de saúde, dos meios de comunicação social, sempre em busca do maior lucro, do combate aos movimentos sociais, da acusação de terrorismo sobre os que defendem a dignidade dos povos.

Basta de hipocrisia e alienação! O momento exige ação responsável de todos!

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