quarta-feira, 14 de junho de 2017

P'ra Frente, pessoal!





Enquanto os chimpanzés no Uganda aprendem, com outros exemplares da sua cultura, a molhar
uma esponja de algas para beber agua de um poço em lugar de recolher com uma folha o líquido
que vai derramando, os "inteligentes" humanos que comandam o sistema capitalista seguem as
idéias de idiotas como Temer,Trump et catærva, que pretendem fazer girar a roda da história
cultural da humanidade para trás. Qualquer dia a mídia subalterna divulga as vantagens em beber
água nas folhas e os chimpanzés darão gargalhadas geniais.

Quando 35 milhões de trabalhadores no Brasil fazem greve acompanhados nas ruas por
desempregados, trabalhadores rurais, professores e estudantes, representantes de todos os
credos religiosos, negros, indios, imigrantes europeus, asiáticos, africanos, militantes de esquerda
e democratas honrados, tem-se a prova de que o programa de Lula para alimentar os cinquenta
milhões de brasileiros famélicos e levá-los a descobrir os direitos de cidadania com a ajuda dos
professores das escolas primárias, dos estudantes e professores das universidades, das equipes
médicas e dos servidores públicos que se dispuseram a integrar aqueles conterrâneos (que nem a
certidão de nascimento tinham) nas estatísticas nacionais para alcançarem os direitos sociais
mínimos, este gesto histórico e coletivo abriu caminho para que o Brasil se tornasse uma nação
soberana. Os brasileiros descobriram que a dignidade lhes pertence.

Agora, é caminhar para a frente varrendo a poeira deixada por séculos de atraso oligárquico e de
reformas fundiárias e bancárias que só interessam a uma elite apátrida. Chega de discussões
estéreis, de mesuras vexatórias a um patronato estrangeiro, de submissão a comandos que
desconhecem as leis nacionais e os princípios éticos em que se baseiam, dessa dissolução dos
costumes em que se atolam os mandatários, esta pouca vergonha de mentiras e corrupções que
mancha a história pátria e destrói o Estado brasileiro.

Este troca-troca de discursos e de consciências já demonstraram que nunca vão aprender a tomar
água pela esponja porque estão sempre olhando os parceiros vestidos de luxo que a televisão
apresenta como os donos do mundo tomando whisky em copos de cristal. Não nos servem, não
sabem pensar por si nem como pensam e fazem os brasileiros, não sabem trabalhar pelo coletvo,
não sabem sambar, nunca amaram, não pertencem a este povo valoroso que ha 500 anos contrói
uma nação apesar dos invasores que se multiplicam.

A luta dos brasileiros não está isolada. Em todo o mundo, apesar do boicote midiático e das elites,
os povos de todo o mundo em manifestações do Primeiro de Maio, saudaram a grandiosidade de
um povo, o brasileiro, que se une como classe trabalhadora diante de um governo espúrio que foi
assaltado por crápulas, para ditar o seu Plano de Desenvolvimento Social e Econômico que não
aceita as exigências da elite mesquinha que só pensa em crescimento e lucro dos poderosos.

A Europa está diante de uma crise que se arrasta sangrando os trabalhadores e os setores mais
desprotegidos das sociedades. A perversidade do sistema imposto pela Troika imperial abriu
caminho para que a Inglaterra saltasse para fora do barco enquanto os grupos fascistas dominam
os eleitorados em desespero. A Russia encontra apoio na China para não se subordinar à União
Europeia casada com os Estados Unidos. O cheiro à polvora, que traz a memória da Segunda
Guerra, polui a humanidade. São os trabalhadores organizados nos seus Sindicatos que se unem
nas ruas de todas as capitais mundiais como um exército internacional que abre caminho com
idênticas palavras de ordem atraindo uma juventude que não vislumbra um futuro no presente.

A "crise econômica" badalada pela elite financeira não cortou os orçamentos da indústria de
armamentos, dos salários dos banqueiros, dos criadores de modas e de uma cultura predadora e
violenta que forma robôs imbecilizados. Os pobres ficaram mais pobres, os doentes tornaram-se
cobaias das indústrias farmacêutica e química que poluem e aniquilam a natureza. Os jovens
perderam a esperança de construirem a própria vida. Os paises mais pobres exportam produtos primários e mão-de-obra para desenvolverem as nações mais ricas. Aprendem a receber com
desvelo os turistas que querem respirar ar puro e relembrar a humanidade que vai sendo extinta
nas megalópolis. Dinheiro não falta para manter a injustiça social que sustenta o capitalismo.

P'ra frente Brasil! Viva a América Latina livre do imperialismo!

Com a consciência de classe e as bençãos religiosas dos que acompanham a luta dos povos!
F

Diretas, Já! Chega de remendos!


Diretas Já! Chega de remendos!


O Estado Brasileiro foi minado pelo neo-liberalismo desde que Meirelles foi apresentado
ao Lula como "grande economista que, apesar de pertenter às hostes do tucanato,
aceitava o programa de desenvolvimento nacional proposto pelo governo PT e iria
assumir a Presidência do Banco Central do Brasil". Logo, o "colaborador que aderiu à
política de esquerda traçada para acabar com a miséria e defender a soberania nacional"
exigiu que o Banco do Brasil se tornasse independente.

Independente do Brasil, do governo popular de Lula, para ser manobrado pelos seus
patrões imperiais da holding norte americana J&F (dona da JBS). Começaram então as
manobras de corrupção que se alastraram como cancer através do Estado e do poder
financeiro produzindo traidores de vários naipes que contaminaram o tecido executivo
nacional até chegar aos dias de hoje, com o usurpador Temer na Presidência da
República (e Meirelles no Ministério da Fazenda) que envergonham os brasileiros de boa
fé e de consciência cidadã.

Esta podridão avassaladora foi percebida pelos trabalhadores e suas famílias em todo o
país, cidades e campos, velhos e jovens, provocando o surgimento de uma Frente
Popular de esquerda, unida e disposta a limpar todas as instituições nacionais das
metásteses provocadas pela doença destruidora.

Diz Luiz Bernardo Pericás: "Será possível construirmos uma frente democrática e popular
de esquerda, com movimentos sociais, partidos e organizações com pautas progressistas,
uma frente que vá além do “Fora Temer” ou “Diretas Já”, por exemplo. O fato é que não
se pode viver de calendário eleitoral. Qualquer um que for eleito pelas normas atuais, seja
quem for, vai fazer coalizões, negociações, acordos. Gostando ou não do Hugo Chávez,
temos de concordar que ele soube aproveitar o momento, utilizando-se de todos os
recursos democráticos reconhecidos internacionalmente, para mudar a constituição,
construir um judiciário e um Supremo, reconstituir e transformar profundamente as forças
armadas. Aqui não se fez nada disso. Sem tirar os méritos de muitas políticas sociais do
PT, os governos petistas beneficiaram a população mais pobre, mas também, ao mesmo
tempo, os bancos, o agronegócio, o sistema financeiro: tentaram agradar a todos. Ou,
pelo menos, as duas pontas: os mais pobres e os mais ricos. Conciliação de classes não
funciona. Está aí algo a aprender com Lênin e a Revolução Russa: não se pode confiar
nos seus inimigos. " (Almanaque Urupês, 28/05/17, reproduzido no Portal Vermelho
28/05/17 por Célia Demarchi).

Marx definiu sem meias palavras, no Manifesto Comunista, que esse sistema dominante
torna o Estado "um comitê para gerir os negócios da burguesia". É o que estamos
assistindo com os roubos e formas de corrupção bilionária e com a destruição das
conquistas populares iniciadas pela campanha Fome Zero, com a integração da
população nas condições de cidadania, com o desenvolvimento da saúde e da educação,
com a aplicação das Leis Trabalhistas, com a confiança nas instituições.
Os bispos da CNBB apontam a falta de ética nos governantes e apoiam as

manifestações, os homens e mulheres ainda conservadores que recordam o retrocesso
civilizatório causado por 21 anos de ditadura exigem democracia, o povo constrói a
unidade entre todas as associações que o representam superando divergências tornadas
secundárias diante da destruição da soberania nacional e do Estado social. As manifestações de protesto nas ruas e a grande greve de Maio reuniram perto de 40
milhões de brasileiros coordenados por lideranças políticas que nascem da luta
empenhados em evitar confitos e desmandos que os provocadores provocam.

A situação agrava-se com a prática da violência policial (somada à violência do
desemprego, dos programas de corte no sistema previdenciário e no desbarato do
patrimônio nacional com a venda da Petrobrás e das terras agrícolas) que a direita impõe
tornando inviável qualquer diálogo.

 O povo unificado define um Plano de Reconstrução
econômico, Social e Político onde não existirão privilégios de elite nem poderes paralelos.

Está preparado para escolher quem os represente. Diretas já!

terça-feira, 13 de junho de 2017

A disseminação do ódio



Hoje está fartamente comprovado, através da comunicação social, que o incentivo ao terrorismo tem sido feito pelo imperialismo liderado pelos Estados Unidos e com o apoio de Israel e União Europeia além de nações subordinadas como Arábia Saudita, Qatar e outras que se entusiasmaram com as invasões realizadas pela NATO contra Iraque, Egito, Libia e agora a Síria que tem resistido heróicamente. A mídia serviu de instrumento para culpar "grupos étnicos ou religiosos" aos quais foram entregues armamentos e apoio financeiro pelos paises ricos, mas hoje vê-se obrigada a revelar a estratégia assassina dos poderosos que ocuparam (e ocupam) os papéis de Presidentes daqueles paises.

Trump, na exibição da sua truculência, tem ajudado a revelar todo este crime organizado contra a humanidade na medida em que procura assumir a liderança absoluta do império capitalista. É desbocado, agressivo, temperamental, bruto e autoritário, ao falar com os seus parceiros despertando animosidades pessoais. Juncquer, em nome da União Europeia tentou minimizar a crispação produzida com as ordens dadas por Trump aos governantes das nações associadas, referindo Trump com um mentecápto a quem falaram "devagar e com frases curtas para que pudesse entender", sobre a necessidade de cumprir o Acordo de Paris sobre o clima planetário em perigo. Nada falou sobre a responsabilidade imperial sobre a expansão do terrorismo que hoje invade o território europeu que mantém a NATO, apesar de Trump ter reclamado que a UE não tem pago a manutenção desta ponta de lança do imperialismo. O Clube de Bildemberg convidou seus membros para estudar secretamente uma solução globalizante.

Até a mídia subalterna deixou visível que, para não tocarem no tema principal - a promoção do terrorismo que destruiu várias nações no Oriente Médio e Norte da Africa provocando milhões de mortes e o problema insolúvel da migração desesperada de milhões de foragidos pelo mundo afora - surgiu uma desavença entre a liderança norte-americana e a UE, que foi situada na questão do Acordo de Paris sobre os efeitos da poluição sobre o clima planetário. Este desentendimento permite aos poderosos da UE fazerem campanhas de aparência democrárica que favorecem os sentimentos populares. E, além dessa percepção para os que não se deixam comover com as "boas maneiras e beijinhos a torto e a direito distribuidos às populações europeias", as grandes notícias midiáticas (que superam até o negócio futebolístico) passaram a ser os actos terroristas que se sucedem na França, Bélgica, Inglaterra e Alemanha.

Só não vê a relação entre os financiadores de terrorismo e a vingança dos seus "alunos" sobre as populações europeias (principalmente com a criação do auto proclamado Estado Islâmico, que foi o gato com rabo de fora, depois do Al Qaeda dos amigos de Busch), que a fábrica de terror é o imperialismo não só com os incentivos bélicos e financeiros, mas com a criação de uma psicologia social baseada no ódio e na volúpia patológica dos assassinatos e suicídios. 

Basta percorrer os vários canais com filmes norte-americanos em maioria, a internet, os livros, revistas e jornais, as propagandas em roupas e brinquedos para crianças e jovens, para se ter uma imagem tenebrosa da cultura midiática e publicitária que ha anos domina as sociedades alimentando o ódio, a esperteza dos agressores, o medo dos que permanecem pacíficos, o oportunismo dos que se aliam aos fortes. Será necessário "falar devagar e com frases curtas" (como ensina Juncquer ao tratar com um governante estúpido) com todos os governantes da Europa e dos Estados Unidos? Serão todos mentecáptos ou coniventes com o grave plano assassino imposto à humanidade?

Putim criou uma legislação para punir os que "incentivam o suicídio". É um bom começo mas não resolve a raiz do problema da formação mental negativa que paira sobre a Terra.

O movimento de massas no Brasil tem explicado que na luta social "não existe discurso de ódio, mas sim o discurso da luta de classes". É também o que ocorre em outros países em que os protestos dos trabalhadores, assim como de grupos discriminados - de gênero, étnicos, etc.- se multiplicam e integram-se nas manifestações sindicais que unem os trabalhadores de todas as profissões, incluindo estudantes, professores, médicos, artistas, policiais, que vêm os seus direitos trabalhistas negados e as suas carreiras cortadas. 

Combatem a injustiça social que os governantes não têm capacidade de resolver por se submeterem às contingências criadas pela política financeira e pelos planos neo-capitalistas de domínio multinacional. Protestam contra a destruição dos serviços públicos de carácter social, como a saúde, a previdência, a saúde, a cultura: tornando a educação uma mercadoria, que  visa o vestibular ou um tipo de trabalho servil, uma educação sem perspectivas sociais e que não tem como objetivo oferecer aos jovens uma compreensão mais lúcida e complexa da realidade; criando uma medicina para vender produtos da indústria farmaceutica sem questionar o consumo de alimentos nocivos e as pressões psicológicas que oprimem os cidadãos produzindo doenças; reduzindo as pensões de velhice e aumentando o tempo de trabalho que impedem os idosos de usufruirem de uma velhice desafogada com as merecidas alegrias do descanso e convívio social; criando eventos culturais com objectivos comerciais, de baixa qualidade cultural e dominado pelos sons e luzes que esmagam a sensibilidade humana.

As metas dos governos capitalistas são de teor bancário, nada tem a ver com o desenvolvimento do ser humano. Tudo conflui para o domínio e manipulação dos cidadãos estupidificando-os sob a liderança de uma elite que não tem pejo em aparecer como imbecil, como ladrão, como prepotente, ditadora e criminosa. A margem deixada para os que sobrevivem sem enlouquecer é o medo ou o ódio.

Gratificante é o levantamento dos protestos populares cada vez mais organizados, sobretudo na América Latina onde os povos resistem ao terrorismo-golpista imperial na longa luta de Cuba, da  Venezuela e do Brasil, desde 2002 com Lula, e agora com a exigência de "Diretas Já!" 

Zillah Branco