terça-feira, 30 de abril de 2019

Lula é o Brasil, que se quer LIVRE e soberano !

Publicado no Portal Vermelho
30/04/19

O mundo acompanhou emocionado a entrevista do ex-Presidente Lula, sequestrado pelos golpistas que se curvam ao poder imperialista dos Estados Unidos. Cresceu o respeito e a admiração pelo operário que se tornou o mais importante Presidente da República do Brasil, que com a sua maneira de ser dá um exemplo de HONRA, DIGNIDADE e INTEGRIDADE a todo e qualquer ser humano.

Ele sofre as injustiças, ele chora a morte dos seus entes queridos, ele se indigna com os traidores da pátria que martirizam o povo trabalhador, ele recusa o ódio e busca nos que dele se afastam um resquício de respeito humano para poder dialogar. Nesta entrevista à Folha de S.Paulo e ao El País da Espanha divulgada mundialmente, assim como na que foi divulgada pela mídia progressista gravada em 1981 no início da sua trajetória política, Lula revela a mesma essência que orgulhosamente mantém 38 anos depois. De quem fez uma carreira de lutador sindicalista à Presidente do país com imenso exito nos contactos internacionais do mais alto nível político, solidário com outros povos em luta aos quais transmitia o seu plano para a recuperação econômica e a superação da miséria e da fome de milhões de brasileiros a partir dos investimentos sociais para promover os trabalhadores e a produção interna. Segue os conceitos desenvolvimentistas alimentados pelos cursos da CEPAL na década de 60 mas atualizados à luz das experiências socialistas de Cuba e outros países latino-americanos independentes da ganância do império norte-americano.

Os seus estudos são feitos sem livros, ouvindo explanações de quem estuda, fazendo perguntas, observando a realidade. Confessa ter preguiça de ler. Com a inteligência viva e metódica que tem utiliza a intuição como baliza do conhecimento. Mantem-se como todo o povo na formação da consciência, e utiliza a mesma linguagem para ser melhor compreendido.

Lula se revê nas lutas populares que fizeram a história do Brasil. É mais um herói como os que foram vencidos através dos séculos passados. A diferença é que chegou a ser Presidente da República durante 8 anos de governo e apoiou mais 8 anos da presidenta Dilma. A diferença é que com a evolução histórica, o herói popular assumiu o merecido lugar no governo e pode afirmar a soberania nacional perante o mundo, retirar da fome 40 milhões de pessoas, legalizar 6 milhões de micro-empresas, entregar 20 milhões de novas carteiras de trabalho assinadas, fortalecer a investigação científica e criar universidades que permitiram integrar os estudantes mais pobres e os cidadãos discriminado por preconceitos racistas, de gênero ou opção sexual, fortalecer empresas públicas de grande importância internacional, participar de reuniões mundiais e levar o Brasil a uma projeção nunca antes alcançada no mundo. Com os recursos criados internamente pagou a dívida com o FMI criada por governos anteriores e elevou a riqueza nacional fazendo do Brasil uma potência em desenvolvimento.

Além de criar condições para a independência do Brasil, Lula conquistou amizades em muitas regiões do planeta, sendo sempre solidário com os que lutam pela soberania dos seus países e pela criação de melhores condições de vida para todo o povo. Tal como Mandela na Africa do Sul, despertou a admiração de politicos conservadores que reconheceram o valor da luta popular para vencer os obstáculos que as elites levantam por egoismo e crueldade. A grandeza interior de Lula, como ser humano, potencializa os seus planos de ação política sempre a favor das camadas mais desprotegidas da sociedade.

Caracteriza-se pela busca da unidade de esforços mesmo que a maneira de pensar e agir dos governantes seja diferentes da sua. Assim também procura o diálogo com os que são contrários a ele. Confia na justiça, na lógica da realidade, com auto-suficiência. Se reconhecer que o outro erra por fragilidade pessoal, fica com pena. Como diz de Palocci: "ele não tinha o direito de destruir a sua própria vida, como fez". E lembra o valor da mãe de Palocci, "que amassou barro para construir o PT em Sorocaba". A sua visão cristã da mãe se sobrepõe para revelar a profundidade da dor pelo ato do ex-companheiro de lutas. O humanismo de Lula é determinante na sua conduta e impõe o respeito pela pessoa do "outro". Isto o leva a não recusar nunca o diálogo, a considerar que para governar um país deverá ouvir e dar espaço aos que lhe são contrários.

Sequestrado e preso por razões meramente políticas, quer dialogar com seus algozes para provar o erro deles e, talvez, convencê-los - como tem a certeza de que ocorrerá "na hora da extrema-unção". Quer dialogar com os membros do poder judicial, com os militares, com os empresários, com os que antes o aceitaram como Presidente e receberam apoio às suas reivindicações.

Sobretudo Lula quer dialogar com o povo que foi traido por Temer e por todos os entreguistas que são lacaios do imperialismo! Para isso tem incentivado a união de todos os brasileiros em uma frente progressista para lutar pela vitória de um programa que fortaleça o povo e retome o caminho do desenvolvimente nacional.

Que a força da personalidade de Lula estimule todas as organizações partidárias e dos movimentos sociais a seguirem o seu exemplo de dignidade pela reconquista da soberania nacional e da defesa dos direitos humanos e de cidadania para todos os brasileiros.

Zillah Branco

quarta-feira, 10 de abril de 2019

A libertação da consciência popular

Artigo publicado nos portais
Resistência e  Vermelho
10/04/19


O mundo vive um momento alto da emancipação popular que coincide com o agravamento da crise sistémica e a maior, e mais pérfida, agressão do imperialismo. São os polos opostos do confronto entre os explorados e os exploradores.

As migrações forçadas em busca de melhores condiçōes de vida, que sempre existiram ao longo da história da humanidade em função de catástrofes naturais que provocavam a fome e a morte, ou de agressões de grupos mais fortes em busca de escravos ou de territórios mais ricos. Com o surgimento de conceitos "civilizacionais" foram sendo definidas as castas e classes dominantes dentro de impérios e Estados que deram origem a instituições que atribuiam o poder (com alegações religiosas e de superioridade cultural)   imposto como uma fatalidade (garantida pela violência armada) aos povos trabalhadores privados das condições de desenvolvimento físico e cultural. Eram os nobres ricos que tinham o direito de escravizar os que precisavam serví-los para sobreviver.

Para reforçar a distância que separavam ricos de pobres, foi afirmada como indiscutível a superioridade com que nasciam os nobres em relação aos seus subordinados. Foram milênios de imposição desta fraude que só pode ser contestada a partir do desenvolvimento científico. Vamos encontrar "descobertas", louváveis na época e "óbvias" hoje, nas primeiras décadas do século XX, de observadores europeus, portanto brancos, de que os povos negros da África, ou os "amarelos" do Oriente, ou os "escuros" da Índia, da Polinésia e os indígenas dos países do Terceiro Mundo eram tão humanos como os brancos. Lentamente a ciência foi comprovando que todos têm as mesmas aptidões e capacidades para o desenvolvimento mental e físico desde que respeitadas as suas condições de vida e compreendidas as suas respectivas culturas, que eram destruídas nos processos de colonização.

As ciências foram multiplicando as provas da igualdade entre os seres humanos, mas os preconceitos raciais, de gênero, de opção sexual, e de opinião contestatária, foram cristalizados pelos "donos" do poder assegurado pela estrutura de propriedade e de acumulação das riquezas do sistema capitalista. Foi a partir da Revolução Soviética - que levou à criação de uma potência mundial a partir de sociedades que adotaram o sistema socialista de vida para os seus povos - que ficou patente a fraude dos preconceitos que são usados pelo capitalismo como armas segregacionistas. Surgiram os movimentos feministas e anti-racistas, fortaleceu-se o sindicalismo operário, inspirando o associativismo estudantil, de artistas, de profissões liberais, de moradores, para a defesa dos seus direitos usurpados pelo corporativismo de elite colado ao poder.

A história do colonialismo transformou a escravização (de africanos, asiáticos e os povos  nativos do continente americano, da Austrália e outras regiões isoladas) em uma forma mercantil, assim como as injustiças inerentes do sistema desenvolveram a mercantilização do sexo pela prostituição imposta às jovens de origem pobre, e outros comércios de jovens competidores em lutas consideradas esportivas, ou tornados criminosos a serviço de patrões (jagunços, seguranças pessoais e gangues criminosas até chegar aos "terroristas" que são utilizados nas guerras modernas como mercenários que substituem exércitos regulares de países invasores).



Emigrantes ou fugitivos do caos social?

Com o surgimento do neo-liberalismo a migração interna nos países mais pobres foi dinamizada pela rápida projeção de alguns centros urbanos em sociedades mais ricas tornadas polos de um desenvolvimento de serviços onde proliferam pequenas indústrias têxteis e a valorização de imagens exóticas integradas nas artes populares. Grande número de jovens nativos de regiões onde a população indígena não encontra trabalhos fora da agricultura, emigra para zonas urbanizadas mais modernas dos países vizinhos onde enfrentam duras condições de trabalho sem regulamentação (que se assemelham à escravidão) e procuram evoluir com a apresentação das formas de arte dos seus ancestrais que, além de enriquecerem e diversificarem os núcleos artísticos populares, fortalecem uma identidade nacional que os ajuda no processo de identidade a suportarem os preconceitos que os  obriga à submissão nas relações de trabalho e no confronto com os demais trabalhadores de origens nacionais diversas concorrentes no mercado de mão de obra barata.

Os estudos antropológicos nas universidades promovem um elo entre os estudiosos com os trabalhadores de origens étnicas variadas, promovendo a valorização da consciência nacional e étnica desses trabalhadores e suas famílias e combatendo o preconceito que é a arma maior da exploração patronal.

As contradições do sistema capitalista, agravadas com a sobre-exploração dos trabalhadores pela não aplicação da legislação trabalhista que destrói a segurança contratual, são o grande incentivo para que as forças partidárias de esquerda, os sindicatos e as associações solidárias com os setores marginalizados, divulguem os protestos contra todos os preconceito tornados ferramentas discriminatórias para o exercício da exploração patronal.

Ameaça global

O agravamento da expansão imperialista com o uso da OTAN para invadir países com reservas de petróleo e outros minerais de alto valor, para derrubar governos que aplicam os princípios democráticos de tipo socialista visando um maior equilíbrio da renda nacional e o desenvolvimento das alavancas sociais para tirar o povo do atraso herdado da exploração centenária do colonialismo e do neo-liberalismo (dando-lhe um sistema universal de saúde, ensino em todos os níveis, emprego e previdência social, transporte e habitação condigna), ao provocar genocídios e destruição de cidades que horrorizam o mundo, destrói as instituições jurídicas em defesa dos Direitos Humanos criadas a nível nacional e internacional, tem despertado um panorama favorável ao desenvolvimento da consciência cidadã de esquerda. As pessoas que não sucumbem ao desespero da aparente impotência diante do poder nefasto descobrem caminhos de união para salvar a civilização.

A eleição de uma figura grotesca e pre-potente como Trump nos Estados Unidos e outra como Bolsonaro (que não tem as condições mínimas para ser dirigente de coisa nenhuma e foi feito Presidente do Brasil), provocam o despertar até mesmo de uma burguesia que não foi totalmente engolida pelo egoísmo desumano para a necessidade de impedir que o planeta seja destruído pela ganância diabólica de uma elite criminosa.

O exemplo dado por Lula - que estoicamente aguentou uma perseguição sem tréguas e sem justiça, estando há um ano em prisão política por ter colocado o Brasil ao lado dos grandes países por sua grandeza econômica e capacidade de superar o atraso herdado historicamente, que introduziu serviços sociais que salvaram 40 milhões de brasileiros da fome e criaram universidades e instituições técnicas e científicas para formar os profissionais capazes de aproveitar as jazidas de petróleo do Pré-sal, a Amazonia, as bases científicas de Alcantara e toda a inteligência brasileira para afirmar a soberania nacional e as melhores condições de vida para mais de 200 milhões de cidadãos - há de semear a unidade de todo o povo com o apoio mundial para reverter o desastre que o imperialismo norte-americano introduziu pelas mãos dos traidores da pátria que forjaram uma eleição graças ao desespero em que os eleitores se viram afundados iludidos por fake news veiculados pela mídia hegemônica e uma falsa igreja pentecostal.

É um novo caminho a ser construído a partir da realidade em que vivem os 220 milhões de brasileiros, com 40 milhões de volta à fome, 46 milhões de desempregados, estudantes sem escola, doentes sem médicos, o rico patrimônio nacional entregue ao usurpador imperial, o crime e a violência incentivados por um governo submisso e vendido ao capital estrangeiro, um Estado com os serviços institucionais destroçados e a Justiça violada por profissionais acovardados.

Lula Livre! Um comité de luta em cada município, uma célula familiar em cada casa para unir as gerações! O povo unido jamais será vencido!

Zillah Branco

segunda-feira, 1 de abril de 2019

A ONU ainda funciona como mediadora nos conflitos internacionais?



Zillah Branco
01/04/2019 
Pubicado pelo  Portal Resistência 

Como é possível que a ONU - criada para manter o mundo em equilíbrio político - não impõe um paradeiro à exibição de poder supranacional liderado pelos Estados Unidos, governo que promove o roubo das riquezas nacionais e a indignidade dos traidores da pátria eleitos por processos fraudulentos com base em fake news e corrupção, aprisionando os heróis dos povos e exterminando a justiça institucionalizada que os povos tinham?

Como os povos - que acreditam no Estado de Direito - podem se defender da sanha criminosa dos bandidos que ocuparam o poder no sistema capitalista?

Vamos continuar a enumerar, impotentes, os continuados atos de prepotência e violência praticados pela elite financeira e militar do sistema, sem receber o apoio solidário da ONU que foi criada e mantida exatamente para equilibrar as forças globais?

De falas mansas e sentimentos generosos o mundo está farto! De debates jurídicos sobre leis que ficam escritas e não são aplicadas estamos todos cansados! Indignados!

É preciso que cada responsável - por organismos internacionais e nacionais - para garantirem a integridade das nações assumam as suas responsabilidades (pessoais e dos cargos que ocupam), ao nível dos heróis que têm enfrentado a opressão e a morte pela defesa da humanidade e dos princípios morais e éticos que ela conserva há pelo menos dois mil anos. Está em causa a Civilização e a Natureza no planeta Terra!

Desliguem os programas da mídia hegemônica, que são novelas para turistas e rentistas dependentes da Bolsa, e acompanhem a realidade através dos canais de informação que revelam os sofrimentos reais dos povos mas também a capacidade de resistência que inspiram apoiados na militância política e social e na solidariedade internacionalista. Todas as associações se manifestam, até os idosos e os adolescentes, dispostos a impedir o avanço dos criminosos que poluem a humanidade e destrõem o solo e até o clima, para não falar no patrimônio resultante da criatividade científica, artística e filosófica nos últimos dois mil anos de história.

Quando se vê que o império britânico entrega ilhas inteiras, como forma de transação financeira, para servirem de bases estratégicas no arquipélago de Chagos, situado no oceano Índico (pertencente às Ilhas Maurício que são independentes desde 1968) aos Estados Unidos e expulsa milhares de habitantes nativos para as favelas das grandes cidades; que o fantoche Bolsonaro dá como prenda a Trump a base militar e científica de Alcantara além de prometer as jazidas de petróleo do Brasil; que o jornalista Julian Assange está fechado e ameaçado de prisão ha 7 anos na embaixada do Equador em Londres, por ter divulgado notícias verdadeiras para informar os povos; que a destruição militar de países no oriente médio e norte da África que têm petróleo, produziu milhões de emigrantes que circulam pelos mares para se tornarem mão de obra barata em países  organizados; que os povos que enfrentam a miséria para serem independentes sofrem ataques com armas, venenos ou energia cibernética (como ocorreu com a Siria e agora com a Venezuela); e tudo isso é realizado pelo imperialismo norte-americano às claras e com divulgação midiática, com a submissão de escroques de vários países latino-americanos e da Europa rica, além da complascência dos organismos internacionais. Esperam que os humanos que sobreviverem aguardem a proteção divina?

Pergunta ingênua

Coloquei as perguntas que qualquer pessoa indignada com os acontecimentos mundiais poderá fazer por desespero. Já há muitos casos de suicídio ou de refúgio na alienação como recurso para aguentar o absurdo de toda a humanidade depender de fascinoras, covardes ou cúmplices corruptos.

Mas, ao analisar a história do imperialismo, que já é antiga e passou pela utilização do fascismo e do nazismo, que foram registados como iniciativas de loucos como Mussoline e Hitler, sem revelar o poder imperial que os utilizou como ponta de lança para quebrar as resistências, que centralizou a política financeira para manipular os rumos do sistema capitalista no mundo, e cautelosamente estimulou a comunicação social para dirigir os interesses das nações e a cultura das populações de modo a se deixarem escravizar pela ambição de poder que tanto enferma os indivíduos como os setores políticos esvaziando-os dos princípios humanistas. Um vasto plano maquiavélico de construção de sociedades onde a ambição de lucro e poder social substituiu a fé no divino. Isto ocorreu nos anos 30 e 40 do século XX.

Foram criados cursos universitários aparentemente abertos para colher todas as idéias e capacidades dos estudantes e pesquisadores de ciência, tecnologia e arte, foram investidos os dolares necessários em bolsas de estudo, equipamentos, publicações de teses e livros de divulgação, foram estimulados todos os conhecimentos - de armas a medicamentos, de filosofia a manuais de treinamento físico e mental, de levantamento das realidades da vida à criação de modas de vestuário e de objetos de consumo, de energias à produção de carros, iluminação pública e doméstica à produção de bombas e misseis, enfim tudo o que se desenvolveu rápidamente no século XX permitindo que fosse atenuada a miséria dos trabalhadores nas cidades e a classe explorada fosse dividida em degráus de desenvolvimento onde vê, no topo o modelo cobiçado de luxo e poder. Restaram os muito pobres que foram considerados "os miseráveis" que por escolha própria ou inércia se conservam como os "indígenas" que devem representar a face folclórica das sociedades organizadas.

E este mito só começou a ser quebrado pela experiência vitoriosa da revolução soviética, e as demais que seguiram o seu exemplo, onde se conservou o respeito pelo humanismo e a ética como parâmetros fundamentais da humanidade.

Para interromper o caminho desvairado de violência e maldades que caracterizaram os governos fascistas que cultivam os dotes psicológicos mais negativos, o imperialismo salvou os sionistas ricos e empreendedores que aceitaram integrar o poder econômico e cultural dos Estados Unidos deixando milhões de judeus e de civis de várias origens e de esquerda serem dizimados nos campos de concentração e nas guerras enfrentadas pelos "aliados" que se viram forçados a pedirem socorro ao exército criado pela União Soviética que venceu militarmente aquele governo cruel e anti-humano no seu território e fora dele até alcançar a vitória esmagando o poder fascista em Berlim. Isto criou um sério problema para o comando imperialista que teve de "engolir" a solidariedade dos defensores de um sistema socialista oposto ao capitalismo de que depende o seu poder.

A divisão da humanidade para facilitar o domínio fascista

Com o ressurgimento da figura fascista criada pelo imperialismo, reascendem os preconceitos que sempre foram utilizados para opor grupos classificados racialmente, ideológicamente ou pelas opções de vida, apregoados fartamente pela mídia bem remunerada. O anti-semitismo só existe insuflado por motivos políticos e mantido pelo Estado de Israel que para este fim foi criado pelos paises "aliados" ao império liderado pelos Estados Unidos.

A manutenção dos conceitos de raça pura superior é aplicada apenas pela elite conservadora pois os povos convivem como iguais em todo o mundo no contexto do trabalho e da sobrevivência. Mas, depois que Trump dobrou a espinha dorsal da União Europeia com a questão de abrir embaixadas em Jerusalém para impedir que os Palestinos sejam respeitados, então a mídia francesa promove os baderneiros "coletes amarelos" que detonaram críticas várias a Macron, a anti-semitas. E voltam à mitologia do anti-semitismo para dar ao rascismo um papel provocador de conflitos que oculta as razões de exploração dos pobres pelos ricos.

Os protestos de rua estão multiplicados por todos os países contra a política social-democrata imposta pela UE que disfarça a defesa dos bancos com falsos orçamentos para destruir as conquistas dos direitos trabalhistas. Pintando de anti-semitismo os protestos populares serão mais facilmente reprimidos pelos governos já comprometidos com o fascismo coordenado por Trump.

Guerra fria em curso

A marcha do imperialismo para preparar o domínio fascista sob a sua tutela repete a situação vivida no século passado. Em relação à esquerda retomam o anti-comunismo nas formas insidiosas dos preconceitos culturais que a mídia hegemónica introduz nas suas informações, o que muitas vezes é repetido inconscientemente nos canais de internet e mesmo em artigos de autores progressistas. Analisam situações históricas a partir da "simpatia" pelos governantes e caem em julgamentos superficiais acerca dos que defendem territórios ameaçados pelas invasões "pacificadoras" do imperialismo.

É claro que a ONU deveria agir para evitar a catástrofe anunciada! Mas, os seus responsáveis estarão com o "rabo preso", assim como os da União Europeia, nas tramas do mercado e da política financeira do sistema capitalista em crise?

Poderemos esperar que os princípios humanistas e o conhecimento dos crimes imperdoáveis ocorridos nas Grandes Guerras a partir de um quadro semelhante ao que agora se desenha, darão coragem e dignidade aos atuais responsáveis pelo equilíbrio das forças no mundo?

Até agora, ao que parece, vários governantes no Conselho da Europa assumiram a covardia aos olhos do mundo deixando que o imperialismo destruisse povos e paises em benefício do capital que é gerido pela elite financeira; que os Estados Unidos impedissem o cumprimento das regras de mercado mundial com países como Cuba e Venezuela; que fosse imposta através dos seus emissários terroristas a sabotagem nos centros de energia e nomeassem um traidor como "presidente auto-proclamado" para provocar conflitos entre os venezuelanos; apoiaram Netanyhau para vencer as eleições em Israel apesar de acusado internamente por corrupção; façam campanha internacional contra a Siria - que reivindica as colinas do Golã a que tem direito - depois de terem tentado destruir o país por meio de ações terroristas causando milhões de mortos e feridos além de um problema mundial de migração massiva.

O exemplo do Papa Francisco na defesa da Paz e da dignidade das instituições nacionais e internacionais, que tem obtido apoio das demais organizações religiosas e a adesão de milhões de pessoas mesmo sem crenças metafísicas, não é suficiente para despertar o sentido da integridade nos altos escalões da política internacional?

O desenvolvimento cultural dos povos que hoje se solidarizam pelos laços humanistas aceitando as diferenças de opção como características históricas, não promove o respeito pela elite dominante?

O caminho é a resistência de todos os que vivem pelo fortalecimento da humanidade dignificada!

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