terça-feira, 19 de março de 2019

Luta permanente pelo
desenvolvimento democrático

Zillah Branco
19/03/19

"Todas as sugestões serão benvindas, nunca a ingerência", como referiu Wang Yi, Ministro das Relações Externas da China ao apresentar plano para solucionar políticamente os conflitos. Na tradição do pensamento milenar oriental, esta afirmação deve ser adotada como um ditado popular e filosófico.

O cidadão que enfrenta a vida de pobre e sobrevive com ânimo para buscar novos conhecimentos que sirvam como alavanca para progredir e transmitir aos seus filhos e companheiros de luta, compreende e enriquece a sabedoria milenar. Precisa é ser respeitado pelo coletivo que empreende as ações de organização e desenvolvimento nacional, tendo por base a das forças produtivas - materiais e humanas.

A tarefa solidária desempenhada por quem teve o privilégio de estudar e aprender a organizar um plano de luta gradual que atraia todo o povo trabalhador e a juventude em formação para reconstruir o Estado democrático, é reunir todas as sugestões que não abram caminho às ingerências inimigas.

O egoísmo é uma doença anti-social

Vivemos um momento caótico de egoismo desesperado de uma elite política selvagem e cruel, que não tem saída para o caminho truculento e criminoso que pretende manter o poder sobre a humanidade. Não satisfeita com o monopólio sobre as riquezas naturais utilizadas para o seu conforto, destrói as conquistas dos trabalhadores e populações pobres de todo o mundo que criaram as condições mínimas de sobrevivência baseadas em leis e conhecimentos fundamentais para manterem a evolução da civilização no planeta.

Diante do poder ocupado por vândalos desequilibrados como Trump, Bolsonaro e tantos outros que a eles se submetem entregando as riquezas nacionais e os conhecimentos técnicos e científicos expoliados aos povos, é urgente a criação de um plano de ação para salvar a civilização com as suas características nacionais e históricas que traduzem os valores mentais, éticos e patrimoniais da humanidade no seu conjunto.

Basta de mentiras e fórmulas especiais de "democracia privada" oferecida como solução pré-eleitoral para evitar que os pobres morram e desapareça o necessário mercado interno de consumo de bens essenciais. O ser humano não é rico nem pobre, é um ser capaz de sobreviver, criar soluções para o desenvolvimento, defender os direitos de cidadania, valorizar o meio ambiente, aplicar a inteligência natural no progresso da civilização.

Inteligência artificial para escravização cultural

Através da internet está sendo criada uma "inteligência artificial" que é recolhida e processada por robôs sob a condução da elite dirigente do imperialismo. Ou seja, através do conhecimento das pessoas que utilizam whatzap, face book ou instagram, os "donos do mundo" constroem um pensamento com as características dos grupos que se intercomunicam, o qual vai aparecer como uma "conclusão" ou "modelo inteligente" a ser seguido. Criam, portanto uma "fórmula" para bitolar o pensamento humano excluindo a sua dinâmica natural que é evolutiva.

A partir desse modelo, revelado por pessoas e grupos com determinadas características históricas, sociais e políticas, os donos dos robôs vão vender às empresas que criam produtos atrativos para os grupos ou classes definidos. Isto significa que a inteligência de cada um fica amarrada, sem vontade própria, à resposta oferecida pelo produto oferecido comercialmente ou políticamente. Assim agiram os promotores das campanhas eleitorais para convencerem os eleitores de Trump, de Bolsonaro, dos apoiantes de Guaidó. Transformaram os eleitores em uma "manada" irracional conduzida por um "inteligente criminoso".

Além, dessa mesma elite imperialista, roubar as propriedades nacionais que são a base do trabalho produtivo - as terras, as ferramentas, as máquinas, o conhecimento profissional, etc. - dos povos, agora destroem o sistema judicial de defesa dos cidadãos e impõem limites ao tratamento da saúde, à formação escolar, à previdência social, às descobertas tecnológicas e científicas que existem em cada nação e passam a controlar a inteligência das pessoas como se fossem débeis mentais para que cumpram dentro de normas aparentemente "democráticas" um falso papel de "liberdade de escolha" dos governantes que vão impor um regime adequado aos objetivos do imperialismo expoliador.

O imperialismo, através de magnatas (como Soros e outros) e grandes empresas que dão prêmios estimulantes aos jovens que se dedicam à humanidade - na defesa da natureza, no amor aos cães domésticos, na informação social, na divulgação dos problesmas graves em que os pobres tropeçam - desde que façam a apologia do indivíduo como vítima e não da classe trabalhadora e expoliada que representa. Preconiza a superação das ideologias, de esquerda e direita, promovendo a dúbia social-democracia que se equilibra sobre o muro com o olhar enevoado por falsas informações para não distinguir o óbvio: rico no poder e pobre na miséria = direita e esquerda.

Assistimos desalentados ou desesperados à uma crise completa de valores que nega, em primeiro lugar a inteligência das elites mais poderosas que inventaram uma "democracia" privada a ser distribuida de acordo com o gráu de submissão que os grupos ou classes humanas revelam. É sabido, para quem estuda a história dos povos, que a escravidão destrói com violência e crueldade a capacidade de defesa do ser humano. Como recurso de sobrevivência ele foge ou passa a defender os seus "donos" tornando-se corrupto e oportunista.

Mas a Antiguidade revelou casos de confronto na defesa da dignidade humana de quem foi dominado pela força e as armas por uma elite. As elites, assim confrontadas, são vencidas e têm de fugir ou submeter-se aos lutadores. Essas foram as sementes revolucionárias que a história acumulou para definir as condições necessárias para que os trabalhadores oprimidos não sucumbam diante do uso da força e do poder econômico contra as populaçôes mantidas na miséria, sem assistência médica e acesso à formação profissional. A condição inicial é o sentimento de solidariedade e respeito humano,  sem preconceitos divisionistas, seguido da capacidade de organização e ação coletiva em defesa de direitos sociais e econômicos que criam condições para atingirem uma representação política - sindical, partidária, intelectual, parlamentar até chegar ao governo e à administração do Estado.

O socialismo define o regime que deriva deste percurso da classe trabalhadora contra o domínio de uma elite que utiliza o sistema capitalista para impor a sua força derivada do acúmulo do capital privado e do controle das forças armadas e do mercado nacional e internacional. Até o recente movimento de adolescentes que se levanta no mundo (com apoio controverso, como é moda hoje na ação social-democrata) a partir da projeção da jovem suéca Greta Thumberg, reconhece que é preciso mudar os parâmetros da vida política e também "o sistema" que os condiciona. Com a inteligência natural, o espírito de solidariedade, a força de vontade, a saúde e o conhecimento da história de vida, a humanidade afirma a sua condição revolucionária e supera a manipulação dos retrógrados imperialistas. Organizam-se os que lutam pela Paz e expulsam a elite opressora que ocupa o poder.

A repulsa do imperialismo aos revolucionários

A elite do sistema atribuiu à jovem Greta Thunberg um "sindroma de autismo" para explicar a excepcionalidade da sua análise objetiva, lúcida e revolucionária do sistema capitalista falido. Não querem aceitar que a lógica de uma humanidade sadia leva ao conhecimento da ciência da vida que permite a todos sobreviverem e desenvolverem as suas capacidades mentais e físicas em benefício de todos os que não pretendem usar o poder ccom o egoísmo expoliador.

Com firmeza e paciência, sem perder a coerência do objetivo revolucionário, este caos criado pelas crises cíclicas do sistema capitalista será superado por um sistema democrático e responsável pela defesa da natureza e da humanidade no planeta.

Na América Latina a velha batalha dos povos contra a dominação colonial que se foi transformando em imperialista, tem dado provas do esforço dos seus povos na criação de nações independentes. Cuba fez a sua revolução com o apoio histórico da União Soviética, descobriu o seu próprio caminho de desenvolvimento socialista e suportou seis décadas de embargos impostos pelos Estados Unidos na liderança do império capitalista globalizado. A presença desta semente revolucionária demonstrou o caminho para a libertação de um povo capaz de organizar a sua luta, a sua sobrevivência e desenvolver as suas capacidades. Inspirou outros povos a lutarem contra a opressão.

O Chile de Allende, na década de setenta, deu um paço gigantesco que trouxe a esperança ao mundo do capitalismo globalizado. Foi cruelmente destroçado depois de três anos de luta em que abriu caminhos inovadores de fusão popular de populações nativas e imigradas da Europa que se irmanaram como chilenos revolucionários. Ficou o exemplo da firmeza de Allende e milhares de líderes revolucionários assassinados por não abandonarem a dignidade e a defesa revolucionária da sua nação.

Outras experiências se sucederam na América Central - Nicarágua, São Salvador - que sofreram a pressão imperial dos Estados Unidos. No entanto, na Ásia o exercito imperialista foi vencido no Vietnam de onde foi expulso pelo povo liderado por Ho Chi Minh que deixou importantes ensinamentos sobre a organização da resistência popular que foram divulgados pelo mundo em luta. Na Africa do Sul o férreo combate ao "appartheid" racista superou a força dos antigos dominadores que impunham a "superioridade racial dos brancos" e elegeu o herói Mandela como o primeiro Presidente negro no país.
Apesar dos vários governos de orientação neo-capitalista que o imperialismo apoiou na América Latina e das ditaduras militares que foram impostas para vencer a resistência popular, o século XXI assistiu à redemocratização de vários países latino-americanos que se expandiram através de organismos de convívio político e trocas comerciais: ALBA substituiu a OEA unindo o continente com exceção dos Estados Unidos e Canadá que representavam o império ameaçador. A Venezuela, liderada pelo presidente Chaves e apoiada por Cuba foi a grande força revolucionária de apoio aos governos democráticos eleitos no Brasil, Argentina, Bolívia, Uruguai, Paraguai, Chile, Nicarágua. Cada nação seguiu as suas condições históricas e os caminhos adotados por seus líderes.

Os Estados Unidos também sofrem a ebulição interna de sua população que acordou sobretudo na derrota militar no Vietnam e que, explorada nas várias crises financeiras do sistema, entendeu a necessidade de mudança para alcançar a verdadeira democracia e a identidade com os demais povos em luta pela independência. Dentro do espaço nacional mantém a contradição entre o poder imperialista e o governo nacional que reflete os anseios populares. O poder supra-nacional escolheu Trump como fantoche para ocupar o Governo e comandar os ataques externos. Assiste às manifestações internas de solidariedade com a Venezuela, com os imigrantes que chegam de outros continentes vitimados pela ação imperial, com o Brasil onde a submissão do traidor Temer e agora do fantoche Bolsonaro destroem o património e o desenvolvimento alcançados pelos governos de Lula, com as lutas mundias contra o machismo, o racismo, os direitos de opção sexual e a liberdade de pensamento.

O momento é de resistência e de solidariedade internacionalista. O apoio é trazido pela China socialista que em aliança com a Russia e outros países que compõem uma força geopolítica antagônica à do bloco capitalista dirigido pelo imperialismo. Em causa está a sobrevivência do planeta - natureza e humanidade - ameaçada pelo aquecimento global , as armas atômicas e a tecnologia aplicada pela "inteligência artificial" na deformação da cultura divulgada pelos meios de comunicação social.

A campanha por Lula Livre unifica a esquerda brasileira em torno do programa em benefício do povo e não da política financeira que apenas enriquece uma elite traidora e desumana. Ela repercute em todos os países que sofrem a destruição imposta pelo imperialismo catastrófico e ensina as novas gerações a defenderem o seu futuro que é o dos povos livres.


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quarta-feira, 13 de março de 2019

A decadência dos governos submissos

Império do mau carater

Zillah Branco
08/03/19

Assim como nos séculos XVIII e XIX houve uma valorização na percepção da classe trabalhadora explorada pelas elites por filósofos humanistas com pensamentos religiosos ou ateus que defendiam os princípios éticos e valorizavam a dignidade, apesar de divergirem na ação social generosa em lugar da solidáriedade, no século XX o sistema capitalista fortaleceu-se com a imposição de ações falsas vestidas de princípios democráticos e humanistas. Para alcançarem o poder político em cada nação passaram a escolher pessoas que aceitaram a corrupção para representarem o papel dúbio de "democratas" condicionados aos interesses do sistema financeiro que prioriza claramente o fortalecimento da elite exploradora, que tem acesso a todos os privilégios, em detrimento do povo que inclui desempregados, trabalhadores braçais e os com formação profissional média.

A ética foi banida e substituida pela generosidade pontual em casos extremos, com o título de "democracia social". Com a supremacia dos Estados Unidos da América como potência econômica capaz de gerir a fase imperialista mundial, concentrando o capital no controle do sistema financeiro e do mercado externo, que se tornou um poder acima do governo naquela nação, deu início à escolha de presidentes que aceitavam qualquer imposição da lógica capitalista que feria os básicos princípios de idoneidade. Foi o caso de Trumam que se responsabilizou pelo bombardeamento de Dresde, quando a Alemanha já havia sido vencida, e de Hiroshima e Nagazaki, com bombas atômicas quando o Japão já reconhecera a derrota. Só mesmo um homem capaz de executar atos de traição às populações civis para demonstrar o poder militar do imperialismo, ou seja, despido de qualquer dose de sentimento humano e de respeito pelos povos, poderia desempenhar este nefasto papel. Estava lançado o modelo de presidente nacional susceptível de controle superior.

Aos poucos foi sendo aperfeiçoado este modelo ideal, que era vinculado aos partidos de direita, deixando a máquina do governo sem espaço para alternativas que os de centro -  que se diziam democratas - tentavam quando eleitos. E, se insistiam, sofriam atentados, como ocorreu com Kennedy. O nível mental dos presidentes entrou em declinio tanto nos EUA como nos países mais ricos da Europa algumas vezes substituidos por mulheres com melhor formação mas que sofriam os preconceitos machistas somados às restrições criadas pelas super-estruturas imperialistas.

O mundo foi surpreendido pela visível ignorância de Bush, mas acabou por se acostumar com o que também via nos "ingênuos" democratas tipo Clinton, ou no esperto mas máu carater, Tony Blair na Inglaterra, ou no pasmado François Hollande da França. Foi então que surgiu o indefensável Trump que aceita fazer qualquer papel, mesmo contraditório com o que afirma, e depois Bolsonaro que é visivelmente um boneco de ventríloquo. São os presidentes "uteis" ao imperialismo que, por trás do governo formal, altera leis, desmonta instituições do Estado, controla as forças policiais treinadas a utilizarem recursos de bandidos com isenção de responsabilidade pessoal, vende o patrimônio nacional a preço de feira. A corrupção resolve tudo e qualquer problema.

Diante dessa falência humana no poder nacional as ditaduras militares surgem como defensoras do território e do equilíbrio social mantido com armas e muita violência, pois também foram formadosela moda anti-ética do imperialismo.

Formação cultural massificada

Paralelamente a este processo que impede a realização de governos realmente democratas, a mídia hegemônica semeia o combate aos princípios éticos como "superados históricamente" e promove a "esperteza nos jogos políticos" em lugar da inteligência criadora aplicada em liberdade. Este caminho da formação mental das novas gerações invadiu organismos universitários, igrejas e instituições sociais criadas para defenderem os povos das ambições políticas dos poderosos corrompidos. Como refere J.M. Goulão no livro "O Labirinto da Conspiração" (editora Caminho, 1986, Lisboa) os tentáculos do imperialismo norte-americano invadiram a Máfia, a Opus Dei e a Loja Maçônica (o que ficou comprovado no fim da década de 1970 e até 1986 no rumoroso caso relativo ao assassinato do juiz italiano Aldo Moro), instituições com prestígio na ação religiosa e política em defesa de maior justiça social.

Hoje ocorre a denúncia contra a Igreja Evangélica Pentecostal que tem uma ramificação invadida pelo imperialismo com aparente "democracia" nos costumes e age ligada à emigração, ao tráfico de crianças órfãs, ao abastecimento de mão de obra para trabalhos domésticos ou eventuais, e que promoveu a eleição de Bolsonaro de acordo com o projeto de Steve Bannon, assessor de Trump.

A CIA passou a exportar gabinetes de assessorias para qualquer matéria administrativa para atender organismos do Estado. Foi a moda da terceirização que substituiu os funcionários públicos que iam para a prateleira por terem opinião própria inconveniente aos comandos externos, ou foram despedidos por não terem contrato. Estes assessores entram em toda a estrutura institucional do Estado e do próprio Governo e orgãos de soberania como "piolho por costura". Isto forma uma mentalidade que nega os princípios éticos e de responsabilidade social como "questões fora de moda". O moderno, para eles, é ser "egoista" e "esperto" para enganar Deus e o mundo.

O mau funcionamento do sistema jurídico, com processos que caducam deixando o infrator privilegiado sem penalidades ou livres graças às interpretações pessoais de juizes "amigos do réu", alimentaram os "espertos" (sem princípios morais e éticos) a também criarem gabinetes de "consultoria" para fiscalizarem administrações públicas. É corrente a explicação de que ao descobrirem falhas pedem parte do prejuizo causado para darem o aval de que está correto. Se não, denunciam o erro ou crime. Assim, forma-se uma mentalidade venal que se alastra pela sociedade ligando a elite a uma camada social capaz de eleger Trumps e Bolsonaros, que manobra as leis e usa a corrupção como ponta de lança para qualquer negócio ou jogada política.

Este apagamento de princípios baseados na dignidade e na solidariedade instrumentaliza a dissolução dos costumes e das instituições que devem ser pilares do Estado. Com a privatização de serviços de utilidade pública - saúde, educação, segurança social, transportes - e das empresas públicas que além de constituirem um patrimônio nacional gerem a comunicação e o mercado - correios, produção de energia e petróleo, rádio e televisão, indústria farmaceutica e alimentar, que asseguram a capacidade de manter a democracia interna e a soberania nacional.

A quebra dos princípios éticos e morais desarma a população que aceitará fácilmente a imbecilização transmitida pelas propagandas através de jogos, vídeos, sons que perturbam o equilíbrio nervoso, velocidades alucinantes e drogas de todo tipo que são incluidas em pastilhas e liquidos que distraem sobretudo as crianças e jovens, nos esquemas de corrupção e do crime organizado que foram criados de fora para dentro para destruir a democracia social que se desenvolvia no Brasil projetando-o a nível mundial.

Resistência e luta popular

Resistir à esta demolição demoníaca exige uma decisão bem pensada, balanceada com o conhecimento da história da nossa civilização, sobretudo no que toca à formação da boa gente brasileira com as suas diferenças na forma de caminhar pela vida sempre em busca de solução para os mil problemas da vida, sobretudo a dos outros mais abandonados. A responsabilidade dos que recomendam a resistência a este caos programado pelo imperialismo é imensa, não pode resvalar em aparentes facilidades, em oportunidades que parecem cair do céu. Resistir exige a tarefa de construir uma sólida estrutura de sentimentos patrióticos, éticos, humanistas, que despertem o entusiásmo nos que têm os mesmos anseios e que ainda têm medo de se expor nesta selva que envolve a humanidade proibindo a justiça e vendendo a alma. Para isso é preciso aprender com o povo como sobreviver sem aceitar a escravidão, como manter a dignidade e conservar a idéia própria para ensinar aos filhos o caminho da solidariedade e da busca do saber.

A resistência popular exige a definição da meta social e o compromisso de todos na construção de uma nova sociedade fraterna e igualitária, sem privilégios, sem preconceitos, com lideranças sem patrões. Ainda temos uma Constituição que prevê a realização de novas eleições diante do fracasso do atual governo que comprovou em dois meses ser absolutamente incompetente para dirigir o país e manter a sua soberania política e econômica ameaçada pelo imperialismo norte-americano. 0s eleitores de Bolsonaro têm a oportunidade de corrigirem o erro cometido sob a pressão dos traidores submissos ao imperialismo, e de somarem aos milhões que querem defender a dignidade do Brasil e os direitos democráticos do povo trabalhador!

Sigamos o exemplo de Lula na sua vida, da fome à luta sindical, do trabalho operário à Presidência da República com o apoio popular e o aplauso internacional, herói do povo brasileiro e da Paz mundial!

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